Que outro fique com os bocejos dela, as eructações, os borborigmos, os nomes de homem que ela diz dormindo, os mornos odores que seu corpo exala de madrugada, o rosto que a manhã revela sem retoques, marcado pelo sono e pelo travesseiro. É o preço da intimidade. Para ele, distante, ficará o melhor dela: a imagem idealizada, a essência, a silhueta esguia, os traços desenhados por ele com a perfeição que só o amor propicia, a voz cálida, lânguida, profunda, como se o veludo falasse.
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