Reconhece em si os mesmos sintomas que viu no amor quando ele se foi há um ano: as febres repentinas, o frio que o fazia gemer, a tristeza que o levava a encolher-se como um gato louco embaixo dos móveis, as alternâncias de humor, os silêncios cada vez mais longos, os olhos olhando cada vez menos para tudo. Tudo vai seguindo o mesmo rumo, cada manhã o sol, mais pálido, parece querer dizer-lhe que o dia é o último, e ele espera, tal qual o amor, ter gastado todas as queixas e ir embora dignamente, sem uma palavra nos lábios, como se jamais tivesse aprendido alguma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário