Meus dedos poderiam aprender muito com os teus: a facilidade que eles têm de, com quatro ou cinco movimentos, recriar o mundo, o feitiço que os faz donos de um azul único, tal como o azul deveria ser sempre, a magia de colocar nas telas mulheres que seriam exatamente iguais a ti, se fossem tão belas. Meus dedos poderiam aprender tantas coisas com os teus, e poderiam talvez ensinar-lhes como estrangular-me docemente e me propiciar, quando o dia vier, uma morte tão venturosa quanto a vida que me dão quando me acenam ou pousam no meu rosto.
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