Talvez venhas a precisar de mim um dia. Então, se lembrares do meu nome e ele estiver ainda na tua agenda, me perguntarás sobre a escritora polonesa (quem era mesmo, Raul?) que fez aquele poema triste sobre o gato que sentia falta do dono e imaginava represálias para quando ele voltasse, sem saber que estava morto. Antes dessa pergunta, tu, sempre atenciosa, me farás outra. Vais querer saber de mim, de minha saúde, e eu te direi que nunca estive melhor. Estranharás minha voz fraca mas, afinal, depois de tantos anos, alguma diferença precisará haver, não é? E repassarás o nome do poema e da poeta ao teu melhor amigo.
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