Ah, se fôssemos loucos o bastante para ver nossa rua de repente coberta de flores tão soberbas que os carros se recusassem a passar por ela. E se, saindo de casa pisando com cuidado, descalços, víssemos as outras ruas do bairro atapetadas de flores e soubéssemos, pela televisão, que todas as ruas da nossa cidade, e todas as ruas de todas as cidades do mundo estavam ocupadas por elas. E se pudéssemos, todos os homens, mulheres e crianças do planeta, esquecer de tudo mais e dedicar-nos só à saudável loucura de contemplar as flores e de ocupar-nos em mantê-las vivas.
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