Falas pouco, cada vez menos. Já não te movem as grandes paixões, a inveja, a cobiça, o ciúme, o amor. Para a vida que agora contemplas do sofá, não precisas mais de palavras. Com quem conversarás aqui? Com a mesa, com as cadeiras, com os bibelôs? E ali, para onde logo irás, para que te servirão os substantivos, os adjetivos, os verbos? Para definir a indefinível imensidão das trevas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário