Essas mãos velhas que tremem ao segurar a xícara de café, essas mãos que molemente apertam as outras e já não acertam os contornos da assinatura, foram ousadas outrora, escalaram montes de vegetação espessa, aventuraram-se em grutas em busca de fontes de água salina e tiveram a ventura de pousar em cabelos incendiados pelo áureo fogo do sol. Melhor não olhar para elas agora e fingir, como tributo às glórias passadas, que não vemos sua atual miséria.
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