Todo teu empenho, todos esses anos de leitura e de aprendizagem serviram afinal para alguma coisa. Podes dizer hoje, ao contrário do que os outros dizem, que estás fatigado, extenuado. Dizer que estás cansado seria indigno de ti e uma traição a García Márquez, John Steinbeck, William Faulkner, Anton Tchekhov. Estar fatigado e extenuado, e até combalido, é um direito que conquistaste com esforço, assim como é prerrogativa tua dizeres que és um morituro. Que os outros digam ser morituros do jeito que souberem. Tu mereces ir ao espelho, fitar teu rosto pálido, tuas rugas, e saudar-te: ave, morituro.
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