Sair para a chuva, bebê-la como se merecêssemos cada gota, deixá-la escorrer pelo nosso corpo como se fôssemos árvore e pudéssemos ainda abrir-nos em ramos e flores e acolher os ninhos dos pássaros. Senti-la entrar em nossos olhos, em nossa boca, em cada um de nossos poros pecadores e acreditar, por um instante, que há um pouco de pureza em nós e talvez nossa alma não esteja irremediavelmente perdida, se alma ainda tivermos.
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