Haverá de ser com requinte. Deixarás que eu coloque teus dedos, um a um, em um par de luvas (de seda, por certo) e te oferecerei meu pescoço como se fosse o do mais tenro dos cordeiros. Tu o apertarás devagar, com amorosa lentidão, até que em minha garganta soe algo leve, quase inaudível, que terás a generosidade de interpretar como o balido de um cordeiro que morre. Se eu chorar, não te aflijas. Será não por morrer, mas por não poder tirar-te as luvas e beijar-te os dedos.
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