Ela se aproximou lentamente da boca. O batom cheirava a morango e os lábios, movendo-se, pareciam saboreá-lo. Ela se aproximou mais um pouco. Quando os lábios se moveram de novo, ela os beijou, com os olhos fechados, fruindo lentamente o morango. Ao voltar a abri-los, viu nos seus olhos, apesar do embaçamento do espelho, o êxtase provocado pelo beijo, e na boca, apesar do contato com o vidro frio, havia ainda, além do fogo que a imaginação acendera, um doce gosto de fruta.
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