Sempre que passa pela mesa dela, sopra-lhe a nuca. Faz isso há uma semana já e, desde o primeiro sopro, ele e ela não se disseram uma palavra, embora há três anos trabalhem na mesma sala e antes conversassem com frequência e agrado. Os dois sabem que há alguma coisa em andamento e pressentem que esperar por ela será melhor do que tê-la. Entre a nuca e a boca a distância vai ficando cada vez menor.
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