Este trecho, extraído do romance "Juventude", de J.M. Coetzee, traduzido por José Rubens Siqueira e publicado pela Companhia das Letras, seria uma pauta e tanto para esses programinhas da tarde que discutem, discutem e não chegam a nenhuma conclusão.
"O fogo que queima dentro do artista é visível para as mulheres, por meio de uma faculdade instintiva. As mulheres não têm fogo sagrado (há exceções: Safo, Emily Brontë). É na busca do fogo que não têm, o fogo do amor, que as mulheres procuram os artistas e se entregam a eles. É no fazer amor que os artistas e suas amantes experimentam brevemente, tormentosamente, a vida dos deuses. Desse exercício do amor o artista retorna enriquecido e fortalecido a seu trabalho, a mulher para a sua vida transfigurada."
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