Quisera ter sido um personagem de Alexandre Dumas, quem sabe um conde, talvez até um duque, haver frequentado todos os antros de depravação e todos os teatros, e haver sido apaixonado por coristas e poder ter sustentado regiamente meia dezena delas e, na página 240 ou 250, já velho e morando numa quinta, ter, por piedade ou simpatia do autor, a glória romanesca de morrer nos braços de uma robusta empregada de cozinha de dezoito anos que, tão hábil quanto as coristas e as cortesãs, passasse os dedos pelo meu cavanhaque antes de dar-me amor.
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