Li muita poesia, tudo que pude, li todos os grandes que me vieram às mãos mas, volta e meia, não é de Shakespeare nem de Wislawa Szymborska que lembro, nem de Borges, nem de Drummond. Dois versos, de Sérgio Resende de Barros, que conheci na Biblioteca Mário de Andrade nos idos de 1960, me encantam ainda. Não sei se Sérgio continuou a escrever (tenho certa lembrança de alguém me haver dito que ele seguiu carreira na magistratura). Mas poeta há de ser sempre quem criou dois versos como os dele - que reproduzo aqui, com aquela sadia inveja de não serem meus e a lástima de não me recordar do poema inteiro:
"As árvores mudas cantam o silêncio,
As luzes apagadas acendem a escuridão."
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