Quando passas hoje pelo parque
as árvores quando te veem te escarnecem
e os frutos que o sol doura com sua chama
e as moças deitadas na grama
zombam de ti também
Olhem só quem vindo ali vem
vejam que passos trôpegos
que braços frouxos
que mãos débeis
e que lábios murchos ele tem
E tu que nos galhos
não podes mais trepar
nem os frutos no alto colher
nem as cascas descascar
e nem a doce polpa comer
Olhas para o garoto
que pedalando pelo parque vem
e pensas que de bom grado trocarias
todo o teu improvável saber e tua filosofia
pela juventude que ele tem.
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