A almofada em que o gato por doze anos dormiu foi jogada com ele na caçamba. Sempre foi macia e dócil como ele e, se nos doze anos tivesse aprendido a retribuir afagos e a miar, conservaria seu lugar no sofá e não estaria misturada com restos de tijolos e telhas, nem coberta de cimento e areia, como se, assim como o gato, precisasse de sepultura.
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