Hoje, que dentes não tem
E suas mãos deformadas
São como conchas furadas,
Olha os frutos com desdém.
E com desprezo, também,
Encara as putas pintadas
Que com as bocas desbocadas
Atraem os homens: "Vem!"
Excluído da juventude,
Proclama agora a virtude
E o dom da sabedoria.
Ah, mas se ainda pudesse,
Ah, mas se dentes tivesse,
Com que prazer morderia.
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