Com tato, o homem avança. Primeiro os dedos, o tato, o contato com o ombro. Conquistada essa posição, encosta a coxa na coxa da mulher, vencendo finalmente o último milímetro. Sua mão esquerda, despeitada pelo fácil sucesso da outra, inquieta-se. Ele não sabe ainda bem como agirá quando as luzes do cinema se apagarem: se irá fazê-la aventurar-se também pelo corpo da mulher ou se a deixará ficar no meio das próprias coxas, onde - sob o pretexto de acompanhar o ritmo da música ambiente - ela dedilha, dedilha.
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