É bom em alguns assuntos. Sabe tirar ou pôr uma vírgula, colocar uma crase, conjugar um verbo inconjugável. Tem também certa habilidade para escrever e às vezes alguns de seus rabiscos lhe parecem poesia. Sabe também outras coisas. Viver não sabe. Apostou tudo no amor e espera. Outonos, invernos, primaveras e verões passam e ele, parado à frente da roleta, espera. Esperará muito, ainda. É tão tolo que nunca reconhecerá sua tolice.
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