No início, as palavras do amor jorravam como a agitada água de uma cachoeira. Era formidável ouvi-las e ver a espuma à qual o sol dava caprichosos matizes. Hoje elas continuam iguais, mas os ouvidos, já cansados de seu fragor, as recebem como se fossem as engroladas e débeis frases de um bêbado num bar vazio, de madrugada, contando uma história da qual nem ele se recorda.
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