Havia ainda muito caminho à frente, o cantil estava já quase sem água e o sol do meio-dia supliciava seu corpo. Ele tirou o Amor dos seus ombros e sentaram-se os dois à sombra de uma das raríssimas árvores. Enquanto ele fazia cálculos sobre os quilômetros e a água que restavam, o Amor adormeceu. Ele se levantou sub-repticiamente e, com os pés descalços, retomou a caminhada pela areia. Com as costas livres, era fácil andar, e em poucos minutos ele chegou a um ponto de onde já não avistava nem a árvore nem o Amor.
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