Daqui a dez anos passarás por mim num desses fins de tarde em que São Paulo consegue ser triste como nenhuma outra cidade. Será num lugar por onde andamos outrora. Tu estarás tão igual ao que sempre foste que eu estranharei notar tudo mudado na rua, nas árvores, na galeria, nas lojas, no café. Se olhares para mim, baixarei os olhos. Não quero que vejas meu rosto. Não há ruínas cujo aspecto não possa piorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário