É preciso ter vocação para a tristeza, certo jeito, paciência. Ela há de ser cultivada sem pressa e regada por poucas lágrimas, para crescer silenciosamente, quase anônima, de tal forma que, quando tiver ocupado nosso coração, só então percebamos que não sobrou nenhum dos espaços outrora habitados pelo amor. Uma tristeza assim, serena, abençoada, é um dos dois únicos substitutos para o amor. O outro é a morte.
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