quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Kama Sutra - XCV
É a segunda vez que janta com ela. Acha que hoje vai poder abrir mais o jogo. Na primeira noite alguma coisa já havia ficado subentendida. Gosta do corpo dela, dos olhos, da boca (principalmente da boca). Também das mãos, macias, promissoras, que apertam as suas e se deixam apertar. Já é tempo, enquanto os dedos assim se conhecem, de arriscar algum lance. Desenlaça as mãos das mãos dela, passa a língua nos próprios lábios uma, duas vezes. Na terceira, tem a resposta: ela também molha os lábios com a língua, uma, duas, três vezes. No estacionamento, no banco da frente do carro dela, agora os lábios se buscam, trocam beijos, saliva e gemidos, enquanto as mãos se enfiam por baixo das roupas. Na obscuridade do pátio, o rapaz que roda de moto para prevenir furtos vê os corpos aconchegados. De longe, apalpando-se, pergunta-se se o casal vai ter coragem de ir até o final e procura dar ritmo à apalpação. Ficaria mais excitado se pudesse ouvir os gemidos dentro do carro: "Ai, Denise, ai, ai, isso, aí" "Ai, Luana, por que nós não fizemos isso na primeira vez?"
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