"Sentireis que a razão humana pode curar as ilusões, mas não cura os sofrimentos: Deus a fez boa dona de casa, não irmã de caridade. Verificareis que o coração do homem, ao dizer "não creio em nada, pois não vejo nada!", não disse ainda a última palavra. Procurareis em torno de vós alguma coisa como uma esperança, e ireis sacudir as portas das igrejas para verificar se ainda estremecem, mas as encontrareis muradas. Pensareis em vos fazer trapistas, mas o destino, zombando de vós, vos responderá com uma garrafa de aguardente e uma cortesã. E, se beberdes a garrafa, se tomardes a cortesã e a levardes para a cama, pensai no que possa acontecer."
(Do livro A confissão de um filho do século, tradução de Paulo M. de Oliveira e Adelaide Pinheiro Guimarães, publicado pela Ediouro.)
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