"Cadenciando a cintura esguia num movimento que fazia cintilar as dobras do vestido em tafetá furta-cor, a amada por mim seguida, graciosamente, cingiu um longo talo de malva-rosa com seu braço nu; depois começou a crescer sob um claro raio de luz. Aos poucos o jardim adquiria-lhe a forma, e os canteiros e as árvores tornavam-se as rosáceas e grinaldas de suas vestes, enquanto seu rosto e seus braços imprimiam contornos nas núvens púrpuras do céu. Eu a perdia assim de vista à medida que se transfigurava, pois ela parecia esvanecer-se na própria grandeza. Oh! não fujas! supliquei... senão a natureza morre contigo!"
(Do livro Aurélia, tradução de Luís Augusto Contador Borges, publicado pela Iluminuras.)
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