Pensa que talvez naquele tempo pudesse voar, se tivesse tentado. Mas para que voaria? Não haveria nada, nenhuma sensação que se igualasse àquelas que ele desfrutava com coisas simples como mandar ou receber um e-mail, um msn, trocar fotos pelo celular, imaginar o que ela estaria fazendo no instante em que ele, pensando nela, saía para o terraço e, como um poeta do século XIX, olhava as estrelas com a certeza de que, no outro lado da cidade, ela as olhava também, porque uma delas se punha a piscar para ele.
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