Não te queixes se o amor te levar à insanidade. É o mínimo que se deve esperar dele. Quantos se sentiriam bem-aventurados se tivessem um pouco de tua loucura. Ah, quantos, com esse pouco, saberiam louvar o amor mais do que tu, que te lamurias como se estivesses doente. Ah, quantos gostariam de ter essa doença e de abrigá-la com tanto fervor que já não pudessem passar um minuto sem gemer suas dores, com receio de que, sentindo-se pouco reverenciada, ela abandonasse seus corpos ingratos e fosse ocupar outros, que aspirassem a morrer com uma agonia tão grande quanto a de um êxtase místico.
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