quinta-feira, 28 de março de 2013
Os vícios...
de certa forma todos iguais. Tive com eles histórias semelhantes. É sempre aquela decisão heroica, muitas vezes adiada e, quando tomada e cumprida, sujeita à pior fase: a da tentação de recaída. Foi assim com o cigarro, foi assim com o álcool. Temos a tendência de achar que as vitórias são o triunfo final. E é preciso que caiamos várias vezes para aprender. Há sempre quem, vendo-nos firmes em nossa resolução, nos ofereça um cigarrinho, um só, uma cervejinha apenas, vá, só hoje, deixe de ser chato, estamos numa festa. Abandonar um vício, qualquer que seja, passa por essa fase, a mais difícil: recair. É quando queremos recuperar tudo de que nos privamos no período de abstinência. O cigarro, o álcool e outras drogas, vícios que eu chamarei de "psicológicos" ou "psíquicos", são, apesar de tudo, mais fáceis de vencer que os vícios "espirituais". Estes tendem a evoluir para o misticismo e para um estado de exaltação idêntico ao do fanatismo religioso. O amor é um bom exemplo de vícios desse tipo. Boa noite a quem estiver lutando contra qualquer um deles. Se estranharam esta linguagem, pior que a dos livros de autoajuda, desculpem-me. Hoje, durante o dia, escrevi coisas que me pareceram ditadas pelo Diabo, agora escrevo isto, que soa como um sermão de mau pregador. Alguns vícios nos levam quase à insanidade. Os de fundo espiritual, principalmente. É bom que assim seja. A bebida e o fumo não podem ser objeto de amor. Podemos (e devemos) livrar-nos deles sem nenhuma consideração. Já ao amor, se ele merece ou mereceu um dia o nome que tem, devemos respeito, para que jamais alguém possa pensar que era tão fútil quanto emborcar um copo ou dar uma tragada.
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