quinta-feira, 7 de março de 2013

Sete anos

Os últimos sete anos, ou pelo menos três deles, estão envoltos em tal névoa que parecem não ter relação nenhuma com o resto de minha vida. Assemelham-se a um sonho, a uma divagação dentro dela, alguma coisa que se assenhoreou de mim e de minha alma de tal forma que eu quase poderia dizer que estou ainda em 2006, ou em 2010, preso dentro desse sonho e dessa divagação, desse sortilégio. Mas às vezes, como agora, me vem a aflição de que eles podem ter sido a minha verdadeira vida e eu não tenha me apegado a eles como deveria, uma aflição que em alguns momentos eu tenho a tendência de chamar de venturosa. Talvez, apesar de todo o sofrimento que me trouxeram, sejam esses anos que eu vá - e queira - recordar quando as memórias forem minha derradeira ligação com a vida.

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