A vida é essa tristeza de se descoordenar tudo que se coordenou, de se desencadernar tudo que se encadernou, de se desbarcelonar tudo que se barcelonou, de se construir algo grandioso tijolo por tijolo e de tijolo por tijolo se recolher o que um dia, como tudo, desmorona. Não precisamos olhar para os tijolos para reconhecê-los. Todos têm a marca de nosso afeto, de nosso sonho e de nossas disparatadas esperanças. Vasculharam-se os escombros, mas não se achou o cachorro que diziam haver lá.
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