quinta-feira, 18 de abril de 2013
As ilusões
Que contrassenso é vivermos chorando a perda de nossas mais caras ilusões justamente quando as temos mais vivas. Quando nos lastimamos, lastimamo-nos porque as nossas ilusões não se consumaram. Não alcançamos as estrelas, não comovemos o coração da doce amada, não a levamos para o castelo cercado de árvores verdíssimas e flores perenes, e nossas lágrimas têm a pretensão de alimentar os rios que alimentarão os oceanos. Tolos que somos! Ilusões não realizadas continuam sendo ilusões e cada dia que se passa sem que as realizemos, cada sofrimento que se acrescenta, cada golpe fatal, mais as fortalece na sua condição de ilusões. Benditos sejam os infortúnios que as impedem de ser mais (ou menos) que ilusões. Que hoje seja mais um dia no qual elas sejam novamente feridas, muito feridas, mais feridas do que nunca.
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