Depois que do amor eu, tolo,
Me transformei em cativo,
Há muito, já, que não vivo
Sem dor e sem desconsolo.
E, em vez de mostrar-me esquivo
E de sob suspeita pô-lo,
De odiá-lo e de descompô-lo,
Por ele, só, sobrevivo.
Por ele, só, eu me guardo,
Por ele, só, eu aguardo,
Por ele vou me aguentando,
Por ele e suas lapadas
Que em minhas costas lanhadas
Seu nome vão entranhando.
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