quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Glorinha Calil...

... há de um dia escrever ao menos um artigo sobre certas etiquetas que os macróbios deveriam usar para não parecerem mais paulificantes do que são. Eu gostaria muito que ela me orientasse sobre algumas coisas. Enquanto isso, vou tentando usar o bom-senso para me colocar entre os velhotes suportáveis. Já sei que nunca, a menos que a média de idade da plateia seja, digamos, de oitenta anos, se deve dizer a palavra antigamente. Quando numa palestra aquele senhor se levanta a custo de sua cadeira, levanta a mão e, dizendo querer fazer uma pergunta ao palestrante, começa a frase com esse abominável advérbio, há na sala imediatamente um bocejar preventivo: depois do antigamente, vêm, claro, as reminiscências (outra palavra detestável e afugentadora) e, com elas, os bondes, os piqueniques e os convescotes. Essa digressão pode, eventualmente, levar o senhor em questão a falar dos passeios no velho Jardim da Luz e de como havia ali lambe-lambes. Esta palavra, sim, pode causar certo interesse e até alvoroço (até que a assistência seja informada do seu significado).

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