Uma sensação muito rara, no fim da noite. Um êxtase que só o contato com uma obra de arte única proporciona. Li as duas dezenas de páginas iniciais de
A pianista, de Elfriede Jelinek, Nobel de Literatura de 2004, e me censurei pelo pouco-caso com que venho tratando ultimamente a vida. Vale a pena vivê-la, ainda. Vale muito. A arte de Elfriede Jelinek é razão suficiente. Lembrei-me de uma frase de John Steinbeck, sobre a beleza que,às vezes, por ser demasiada, se torna insuportável. Espero resistir à beleza do restante do livro, embora as primeiras páginas advirtam que será uma tarefa difícil. Morrer com o livro de Elfriede Jelinek no colo seria para mim uma bênção imerecida.
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