Lembro-me de uma entrevista de José Saramago, possivelmente no
Roda-Viva, em que ele, falando do socialismo, parecia um adolescente enaltecendo a namorada. Seus argumentos não soavam convincentes, mas seus olhos tinham um fulgor de juventude e de sinceridade. Se estivesse falando de uma namorada, ela poderia ter pernas tortas e ser vesga, que ele se referiria a ela como se fosse a própria Vênus.
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