Tudo havia começado em 1891; foi então que Wilde conheceu lorde Alfred Douglas. Bosie, como era chamado por todos, tinha 21; Wilde, 37. Douglas era liso, lânguido, egoísta, vaidoso, frívolo, violento, malvado. Também era louro e com grandes olhos azuis, mas, a julgar pelas fotos do magnífico livro ilustrado de Juliet Gardiner, não era grande coisa. Posa, nos retratos, com uma triste cara de mártir virginal, à la Joana D'Arc, todo ansioso por heroísmo, principalmente se o tormento fosse infligido a outro: como de fato foi. Não valia nem a poeira dos sapatos de Oscar, mas que importa? O amor não passa de vontade de amar. E a vontade de Wilde era comovedora, trágica, total."
( De Paixões, tradução de Maria Alzira Brum Lemos e Ari Roitman, publicado pela Ediouro.)
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