... e da fúria, há um vazio que o amor oportunamente começa a ocupar. Enciumado, ele se põe a nos censurar pela atenção que demos a coisas passageiras e proclama sua generosidade: teve o ímpeto de nos deixar para sempre e só não fez isso porque nos acha, apesar de tudo, merecedores de mais uma chance. Mas nos adverte: será a última. Esquecemos então nosso surto revolucionário e, colocando de lado as faixas, redescobrimos nossa natureza de vassalos e, pegando a imaginária lira, entoamos uma loa para o nosso querido déspota.
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