Ainda penso no amor, por que não? Penso com moderação, quase sempre, como deve pensar um cidadão já com tantas décadas nas costas. Nas poucas vezes em que passo do limite, sou tomado por um barato que faz meu sofá girar lentamente, e vejo na parede silhuetas que dançam todas as danças do Diabo e sugerem longos beijos e incitam a fornicações lentas, com uma voz grave, que zumbe em meus ouvidos como se neles se tivessem formado duas colmeias.
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