Num mundo cada dia mais complexo, em que cada efeito tem sempre mais de uma causa, sou uma aberração. Sou triste, miseravelmente triste, de uma tristeza múltipla e avassaladoramente ampla, mas não consigo ver senão uma causa para ela: eu mesmo. Será isso, efetivamente, ou é puro egoísmo meu? Às vezes acho que tenho ciúme desta tristeza e a defendo como um cão defende o osso especial que ganhou no dia 24 de dezembro. Minha tristeza não tem sócios, editais de convocação, participação acionária nem distribuição de lágrimas e lamúrias. Minha tristeza sou eu.
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