quinta-feira, 13 de junho de 2013

O amor nos dói

... no corpo inteiro, centímetro a centímetro, quando nos deitamos. Nós nos viramos para o lado direito, para o esquerdo, e ele dói, e continua a doer. Chega a madrugada, e ele dói ainda, e nos atormenta como as sete pragas do Egito. Às cinco e meia ou às seis, ele nos concede uma miraculosa trégua, e dormimos. Às sete, acordamos e lá está ele de novo, doendo. Descansou um pouco, assim como nós, e de novo nos ataca e nos flagela. Abrimos a janela e sorrimos. Temos vontade de proclamar à rua, aos pássaros, ao mundo, que o amor ainda está em nós, conosco, dentro de nós. Continuamos a ter motivo para viver.

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