As epopeias de Wislawa Szymborska não precisavam de campos extensos, de imensos territórios, e seus participantes podiam ser um tapete, um filete de sol, um gato espreguiçando-se no sofá. Sua poesia nunca exigiu nada mais grandioso que isso. Coisas como um bocejo do gato ou a audácia do voo de uma mosca, da persiana para a mesa da sala, sobre uma perigosa jarra de água, davam à cena o tom épico.
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