Que o amor possa nos ser leve
Como a sombra de uma pluma
E seja mais tênue e breve
Que o borbulhar de uma espuma.
Que ele a modéstia resuma
E sendo simples qual deve
Nunca a jactância nenhuma
Nem à soberba nos leve.
Que, viva quanto viver,
Viva o necessário só,
E, no dia em que morrer
E se transformar em pó,
Que tenha em nós cumprido
O que do amor é exigido.
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