"Há um rosto que a escuridão poderia assassinar
num instante
uma face fácil de ferir
por riso ou luz
"De noite pensamos diferente"
ela me disse certa vez
recostando-se lânguida
E poderia citar Cocteau
"Sinto que há um anjo em mim", ela diria,
"que escandalizo constantemente"
Sorriria então enigmática
acenderia meu cigarro
entre suspiros
e erguendo-se mostraria
sua bela anatomia
deixando cair uma meia."
(Do livro Poesia beat, tradução de Sergio Cohn, publicado pela Azougue.)
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