Meu sofá é meu barco. Entro nele, com meus livros, e viajamos. Não há mais piratas como antigamente, nem as procelas que convulsionavam os oceanos e os juntavam ao céu. Hoje não me empenho mais em abordagens, em lutas nos conveses. Minhas viagens são interiores, mornas, chochas, lembranças de trivialidades, e, nos livros que agora leio, se algo morre não são piratas nem marinheiros, mas ninharias como ilusões, esperanças, ansiedades e - a mais patética de todas - o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário