Mantêm o rito da primeira noite. Apagam as luzes e abraçam-se, em pé e vestidos. Ela, como na primeira vez, finge esquivar-se, e ele, com seus beijos loucos e desnorteados, ataca-lhe o rosto, o pescoço, a blusa, o colar, o brinco, os braços. Depois, sem parar de beijá-la, ele a vai empurrando de costas para o quarto, derruba-a sobre a cama e se atira em cima do seu corpo. Então ela, já receptiva, e ele, no escuro, começam a se despir, um ao outro, com a mesma sofreguidão da primeira vez, três anos atrás. Houve uma noite, nessas mil e tantas, em que não seguiram o ritual e ambos pareceram extremamente enfadonhos um ao outro.
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