O amor é aquele tipinho
Que tendo há pouco chegado
Se julga capacitado
A nos traçar o caminho.
Com seu caráter entrão,
De quem censuras não teme,
Nos tira das mãos o leme
E diz ser o capitão.
Aponta para os escolhos,
Investe contra os abrolhos
E ri como um homicida.
No barco que o amor comanda,
Nenhum passageiro manda
E a passagem é só de ida.
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