"O sol é um só. Por toda parte caminha.
Não o darei a ninguém. Ele é coisa minha.
Nem por um raio. Nem por um olhar. Nem por um instante. A ninguém. Nunca.
Que morram as cidades numa noite constante!
Nos braços vou apertar, que não possa girar!
Faço as mãos, os lábios, o coração queimar!
Se desaparecer na noite infinita, no encalço hei de correr...
Meu sol! A ninguém o darei!"
(De Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardoni, publicado pela Martins Fontes.)
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