em que o coração, já sem forças para o amor, tampouco tem sangue para odiar. Tudo aparece nítido. O tempo, esse sábio ancião, nos conduz pelos caminhos da tarde e nos faz ver, no crepúsculo, a verdade que antes só contemplávamos com os olhos da poesia. Não somos o sol, longe disso, mas seríamos parcos de espírito se desdenhássemos a metáfora diária. Chegou o momento de nos irmos deixando possuir pela noite.
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